Numa magnífica noite de fados no Arcaz Velho em Alfama, acompanhada por Bruno Mira e o indispensável Pedro Pinhal, a minha amiga Matilde Antunes estreou, com música do fado "Esmeraldinha", o canto do meu poema "Matinal". Um grande agradecimento à Matilde pela forma como o interpretou enchendo-o com toda a sua sensibilidade.
sábado, 2 de agosto de 2014
sexta-feira, 7 de março de 2014
Novas quintilhas para fado
Bebo
um copo de mágoa
lentamente,
trago a trago
atiçando
esta frágua
como
é pesada esta água
como
é duro o preço pago.
Há
sombras correndo as ruas
que
tenho dentro de mim;
sombras
negras, fazendo suas
essas
ruas tão cruas
de
que não descubro o fim.
Ficarão
no meu sudário
numa
imagem imprecisa
tornado
em relicário
de
um perfeito fadário
desta
vida que me pisa.
Bebo
um copo de mágoa
e espero o fim do rio
como
é pesada esta água
mesmo
ardendo nesta frágua
o
meu corpo fica frio.
quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
Prometeu a meio da tarde
Só a música me acalma
e sorte a minha aconchego-me
ao agrilhoado Prometeu;
Hércules está ao meu lado e venero-o.
Um
dia de folhas caídas
por
dentro e por fora.Ao contrário do habitual
não me tremem as mãos
- não há deuses que me façam tremer as mãos -
e um vazio de poço profundo existe
sem que nada se divise.
E
assim,
olhando
a língua enroladade quem à minha frente
embala uma cornucópia
ponho um ponto final
e desisto do resto do dia.
Jan.2014
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