segunda-feira, 20 de junho de 2011

Só por ti...um soneto

Doeu-me tanto a tua dor não sendo minha...
Muito mais que sendo minha doesse...
Mas as minhas dores eu já não sinto,
doem-me as tuas e disso muito padeço.

Não me dói a carne, dói-me por dentro.
Eu sei do que falo, já lá passei
Por essa terra de tormento,
do esquecimento, eu sei!

Mas tens aqui a minha mão e a minha força
O meu peito e a minha voz para gritar
Não só a minha, de todos , a nossa

Aquela voz antiga que nos traça
o destino de seguir em frente, de lutar
e destingue os homens da nossa raça.